Vem

Vem

ser feliz até onde a vista alcança

Vem que eu sou boa de improviso

Faço versos que deixo em cadernos

longe do coração dos moços

São sensíveis e desconfiados

esses homens criados no mundo

feroz feito à imagem e semelhança

de seus pais

Vem que eu sei onde o mar termina

eu sei encontrar ouro na mina

eu domino a arte de sorrir

pra te ver feliz

Você vai me odiar

Você vai me temer

Vai tentar fugir

Vai

vai, porque voltar é mais fácil

lembra: não faço promessas

Eu sou boa em te deixar confuso

solto a corda e em pouco tempo

te afundo em incertezas

jogo as cartas na mesa

A próxima jogada é sua

nos restam algumas rodadas

tenho tempo

é meu mais precioso bem

vem

roubo pensamentos

rogo pragas

jogo bem – nem graça mais tem

vou me aposentar

Vem

olhar horizontes de quem

não procura mais emoções

por experiências e solidões

Sou boa em dar o que não tenho

ofereço sonhos

de brinde tens minha sinceridade

sei uma dúzia de coisas da vida

te digo: não dói mais

Vem

Vem sorrir junto

deitar na areia

ralar o joelho e cair

dar as mãos e seguir

Vem

não tem sentido

a cada passo

te conto um segredo

até desnudar a alma

e vesti-la

de abraços teus

vem.


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