O mundo precisa de amor

O segredo sempre foi fazer tudo com amor. Quem me vê andar pela rua com um sorriso no rosto, saiba que ele vem de dentro. Aos que me retribuem com um cumprimento ou com outro sorriso, que bom que sabemos que o mundo precisa de mais sorrisos e amor.

Com amor eu respondo aos que me traem, àqueles que se lambuzam na maldade e no veneno, a quem manipula e usa as pessoas e a mim. Não serão vocês, com seus ressentimentos e tantos corações mal resolvidos, que vão tirar isso de mim. O mundo precisa de amor. O resto eu deixo pra vocês.

Apesar de eu sempre falar que o segredo é o amor, fica a questão: então não é mais segredo. É segredo, sim. Porque eu conto que esse é o segredo, mas não conto como se faz.

A importância de fazer tudo com amor é saber respeitar as pessoas, saber que nós nem desconfiamos quais são as cruzes que os demais carregam – porque cada um de nós tem suas cicatrizes, suas dores, suas experiências, seus medos, suas inseguranças. Fazer com amor é fazer com responsabilidade. Enquanto pessoas que vivem em sociedade, nós somos responsáveis com as emoções e os sentimentos dos outros a partir das nossas ações. Esse mundo ególatra em cada um confinado no seu umbigo (e nos seus celulares) parece ter feito as pessoas esquecerem disso e, obviamente, perderem a noção de como lidar com seres humanos de verdade.

O mundo, o patriarcado, o machismo e misoginia estruturais não exigem que vocês, homens, sejam pelotudos e prezem pelo distanciamento e pela covardia. Para muitos, a frustração e o ressentimento incitam esse desprezo pelo cuidado com as pessoas e o que elas sentem. 

Por isso, é um segredo como viver o amor em tudo que se faz – apesar de tudo isso. Podem copiar as atitudes, podem copiar as ideias, podem fingir, podem se afastar: jamais saberão como fazer tudo com amor.

Tenho pensado muito nisso: o amor assusta. Quem vive o amor dá medo em quem não sabe o que é ser amado. Lamentavelmente, gerações e gerações têm crescido sem amor. A pessoa entra em choque ao ver que não faz quase nada com amor na própria vida. Bate o desespero.

Pensei em como, ao longo da História, vimos o poder e a força do amor, nas grandes histórias, nos monumentos construídos por pessoas apaixonadas. Hoje, no máximo, acham que amar é publicar foto junto no perfil da rede social. Em dois segundos é possível apagar a foto, não canso de lembrá-los.

Sempre acho curioso ao ouvir, dos homens, que “não tenho nada a oferecer” quando se interessam por mim. Eu não sou um produto que precisa ter “algo em troca” (escambo) nem vivemos nos séculos passados quando precisavam pagar um dote. Os homens, imersos nas suas inseguranças, acham que precisam “comprar” o que uma mulher sente por eles, ou o tempo que ela lhes dedica, ou mesmo a minha atenção ou interesse. Eu sei que relacionamentos (e muitas mulheres) vivem objetivamente e focam em questões práticas da vida (não é o meu caso). O amor está nos detalhes, está em entregas sinceras, está na vida livre. Quem não é livre, não ama.

Assim que temos hordas de homens com tanta facilidade em passar o endereço de casa, mas que não conseguem falar sobre o que sentem. Ainda mais nos dias de hoje, que precisamos estar alertas sobre golpes e tudo mais, dar o próprio endereço é algo arriscado. Também não se aconselha fazer isso por inúmeros motivos. Quem é livre e sincera não quer o seu endereço nem saber o seu salário ou o que você tem a oferecer. Quem é livre e sincera se aproxima, ouve, se importa. E isso assusta. 

Foi fácil aprender que quem guarda o segredo de fazer tudo com amor está exposta a muitos ataques. Porque isso não dá pra copiar. Porque isso não dá pra fingir. Levou um tempo para aprender que pessoas que fazem tudo com amor têm o super poder: suas vulnerabilidades.

Nos atacam e tentam machucar justo naquilo que temos de melhor: a sinceridade do que vivemos. Jamais me juntarei ao ressentidos e frustrados a fingir na vida. Minha vulnerabilidade é meu super poder e quem abusa disso é que terá que acertar as contas com a própria consciência. Eu continuo livre para amar – para me doar, me entregar, para viver.


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