Gorki, eu e o mar. O que me cala.

Sei que raramente, quase nunca, uso citações. Porém, deixarei aqui a reflexão de algo que as minhas palavras não alcançam…

“Ele, o ladrão cínico, adorava o mar. O seu temperamento vivaz, ávido de impressões fortes, não se fartava nunca de contemplar aquela imensidade livre e majestosa.

Quando estava no mar, uma emoção profunda e duradoura brotava-lhe do fundo do ser, extasiando-lhe a alma e livrando-o até certo ponto das indignidades da sua vida. Gostava daquela impressão, e sentia-se bem entre o céu e as ondas, nessa amplidão ilimitada onde os pensamentos perdem toda a sua maldade e até a vida perde o seu valor.”  – Gorki, in Tchelkache.

 

Só um russo para traduzir-me fielmente em palavras. Só um russo para dizer, ou escrever, como queiram, aquilo que eu não consigo.


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