Não sei o que acontece que as pessoas fazem mal às outras. Não sei porque as pessoas desejam o mal àqueles a quem um dia desejaram as melhores coisas do mundo.
Não entendo porque as pessoas traem a confiança tão fielmente depositada nelas, porque se riem satisfatoriamente (será?) ao saber que alguém passa por maus momentos, tristezas e doenças.
Não sei porque as pessoas não, apenas, reconhecem o amor que alguém lhe devotou e o que aprenderam (e como isso mudou-as e as fez feliz) com esta pessoas. Não sei porque as pessoas insistem em tentar pisar os sentimentos alheios. Não sei porque as pessoas não morrerão felizes (será?) enquanto não tirarem tudo o que o outro possui, seja material ou não.
Não sei porque a maldade parece gerar tanta satisfação. Pois lhes digo que “parece”. Essas pessoas que tem tanta maldade nas suas mentes e nos seus atos e palavras não se mostram realmente satisfeitas. Nunca se satisfarão, nem com tudo, nem com muito, nem com o além.
Aliás, o além, nem lá de cima nem lá de baixo, não os deseja. Despreza-os imensamente. O entremeio aqui também não lhes devota muito ardor nem carinho.
Não sei porque uma vida (a de cada um) não lhe basta e é preciso sempre querer a vida dou outro, alimentar-se da vida do outro (ou outros), seguir-lhe os passos, os movimentos, as alegrias e tristezas para, talvez, aproveitar-se, deleitar-se.
Não sei porque (nem como!) essas pessoas sentem prazer nessa maldade desenfreada e sem limites. Prazer, ó, o prazer, que deveria ser umas das (ou a única!) coisas que é unicamente positiva! Você acredita que a maldade dê prazer? Bem, se há quem sinta isso realmente nunca experimentou o verdadeiro gozo.
Não sei porque as pessoas ficam acintosas com a sua maldade. Não sei porque estendem tentáculos desses sentimento – que é para além de desprezível. Há uma fome, uma necessidade, ambas também desprezíveis. Imaginem quantas coisas deixam de fazer, viver, experimentar, ver enquanto ficam ali, consumindo-se na sua maldade, no seu rancor, na sua vigília. Quanto amor não deixam de sentir. Amor? Não sei porque, mas desconfio que essas pessoas não sabem, de verdade, o que é isso. Seja lá qual for o tipo de amor, romântico, fraternal, amigo.
Não sei porque a maldade dessas pessoas é impossível de reverter e inverter. Destruir, trair, machucar, perseguir, aproveitar-se – isso tudo e muito mais que fazem essas pessoas – as deixa viciadas e tudo que está a volta delas vai desmanchando-se para aumentar o espaço dessa “vida”. Sim, alguns chamam isso de vida. Vicia de tal forma que tornam-se dependentes, nada pode mudá-los, creia-me.
Se o bem pode transformar-se em maldade, o contrário não ocorre.
Não sei porque nada disso que escrevi aí. Mas confesso-lhes que aprendi muito bem que isso aí tudo é muito verdade. Aprendi confiando, amando, convivendo. Conheci essas “pessoas”, elas sempre aparecem. Durmo e acordo sabendo disso e que uma vez eu me perdoei, mas que a nenhum desses cabe o meu perdão. Desses, nem Deus quer saber. Só isso me conforta.
Se aprendi da pior forma possível, ainda bem! Assim há mais chances de nunca mais errar.
Pior para os pobres viciados na maldade que vagam neste mundo… perseguindo, destruindo (ou tentando), roubando, desejando o mal irreversível…
A maldade vicia. O prazer (do bem!) e o bem, também. Cabe somente uma escolha. Talvez, para muitos, uma escolha difícil. Escolher a maldade é muito fácil, só se deixar levar pela primeira “raiva” momentânea, pela primeira contrariedade, pela primeira decepção, pelo primeiro desejo de superioridade contra o mais que nós.
Pois eu sempre prefiro o mais difícil. Escolher o bem é mais tortuoso, dá mais trabalho, requer perseverança. Diz lá na Bíblia, não é novidade nenhuma. Infelizmente, até essas “pessoas” lêem a Bíblia. Talvez apenas para aumentar sua maldade, quem sabe.
Não sei os motivos, nem me interessam. Não pratico, não posso falar a respeito.
Se eu fosse mais cristã, teria pena e rezaria. Mas isso é demais pra mim.
E, se pensarmos bem, há muitos vícios interessantíssimos por aí… cabe escolher.
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