Na rede dos peixes
sem esperança
mãos calejadas
e meus olhos
lacrimejam
o sol
nos corta
em dois
O mar abençoa
o rio a desembocar
no barro das chuvas
ingrato ao meu desejo
de sempre tê-lo
o sol
nos queima
os ombros
Na rede da varanda
os olhos fecham
na serenidade
e quem sabe
as horas passam
o sol
nos atordoa
os sentidos
A brisa
não nos visita
há dois dias
três noites
e suamos bicas
o sol
nos encaminha
à lagoa
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