O que faltava
No período pós Antônio querido, houve um que relutei em colocar na “lista” por alguns motivos, mas depois, pensando, vi que pela importância ele deveria constar. R. Sempre que me remeto a ele a imagem é daquele apartamento com varanda, muito iluminado pela tarde, prédio antigo e espaçoso perto da biblioteca, a duas quadras… bem, melhor parar por aqui, pois aí estão alguns motivos da relutância. Foi com ele que a música irrompeu mais forte, revoltada, lírica e chutando a porta da minha vida. Tentei com todas as minhas forças aprender a tocar violão, mas nem ele nem ninguém haveria (ainda) de conseguir me fazer aprender teoria e prática musical. Um fracasso completo. Ainda tenho o violão daquela época. Moreno (é claro), com cabelos cacheados! Ah, aqueles cabelos cacheados! E uma voz (não do Wagner Moura) tão sutil e multiforme que embalaram meus ouvidos por muito tempo. Não havia calmaria, havia quase devoção. Mas algo não se encaixava. Foi um período breve, longe da rotina, que marcou tanto quanto a música significa hoje para mim.
Presente
Depois me peguei pensando onde andam esses homens. Primeira constatação: não sou amiga de nenhum deles, o que confirma minha teoria de amigos e homens. Alguns vejo por aí de vez em quando, sem nenhum problema. Mas outros curtem aquele ódio de uma vez ter ouvido “não darei” ou “não darei mais”. Aliás, esta a grande lição, a mulher precisa aprender cedo a dizer “não”. As negativas “não darei” e “não darei mais” despertam a ira dos homens e para quem já passou por ameaças, telefonemas, perseguições, e-mails, mensagens, gritaria no portão de casa por algum inconformado desses nunca é demais tomar precauções e saber que é preciso levar a sério as ameaças, calúnias e difamações. Ontem mesmo uma mulher foi assassinada dentro de um ônibus porque queria terminar um relacionamento, a ira do homem e a sua não aceitação dessa iniciativa resumiu-se em facadas. Na loucura não patológica uma resposta ameaçadora de processo por calúnia e difamação (sim, eu processo mesmo) pode te dar a paz. Queridas, levem sempre isso com vocês. Eu aprendi que a ira de um homem ao ouvir um “não darei” pode te prejudicar e muito, seja no ambiente profissional, na família, nas amizades. Mas, como conto com a minha integridade e caráter, não me atingiram.
Enfim, onde eles estão? A maioria casado. É, lá vem essa história de casamento. Ah, só para constar, nunca casei. E isso aí é aquilo que citei sobre “sintonia” e “caminho”. Também nunca morei junto, nunca dividi pobreza nem juntei as escovas de dentes. O R casado com uma magricela e tem dois filhos. O CL (o mais velho dentre todos) já casou com uma magricela loira, teve filhos e hoje está divorciado, de vez em quando com uma namorada do acaso e continua com aquele sorriso sedutor. Ainda hoje eu cairia naquele sorriso.
De alguns nunca mais tive notícias, às vezes me encontram nessas redes sociais da vida e vejo que não perdi nada. Raramente, quase nunca, encontro algum pelas esquinas. Sinal dos caminhos e da sintonia.
Futuro
Com as loucuras (pequenas e grandes) e com relacionamentos auto-destrutivos, descobri que essa história de “pra sempre”, como diz a música, sempre acaba. Aprendi que o peso das palavras e promessas não serve para mim (eu já sabia isso, mas tive que quebrar a cara para relembrar isso). Talvez aí resida o problema do casamento, da terminologia.
Aprendi, acima de tudo, que gosto de mim. Isso sempre deve vir antes. E, ao contrário do que parece, não sou egoísta num relacionamento. Mas as pessoas são muito decepcionantes. Em relação à faixa etária, sinto que é inversamente proporcional mesmo. Me vejo uma velhinha babando por menininhos de quinze anos.
Só quero que conste aqui que não falei sobre como eu sou nos relacionamentos, isso fica para outro post, ou não.
(Agradeço as palavras do meu amigo Adenor de incentivo para não publicar estes posts. Elas serviram para que eu finalmente publicasse. E saibam que o “olhos tristes”, ao ser perguntado se ficaria incomodado se eu publicasse um post assim intitulado, respondeu que não. Infelizmente suprimi, por trapaças da memória e talvez outros motivos, alguns personagens e alguns fatos. O que não diminui em nada a narrativa.)
(Atualizações de última hora: Adenor: ex-amigo – ao que parece escorregou no erro fatal, amigos, amigos, homens à parte; “olhos tristes”, era tão indiferente a tudo que me importava tanto, levou um pé na bunda por e-mail.)
Esqueci de dizer,que tive oportunidade de conhecer a “menina de camiseta preta” mesmo que por um curto período de tempo. E para surpresas de muitos e não a minha, sim ela sabia sorrir.
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Amiga fofa!!
Sabe, acho que essa menina ainda existe! E os sorriso também! Tivemos até boas gargalhadas, né?
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Muitas gargalhadas, bons tempos =D
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