Andava por aí formulando teorias. Entre dias inexplicáveis, jogada na cama sem saber de mim, cheguei ofegante à conclusão de que tenho que discordar da Rita Lee. Sexo não é poesia.
Sim, há sexo na poesia. Mas sexo jamais é poesia. Fiquei, então, dias imersa nessas sensações e pensamentos…
Eis que hoje complementei-a.
Há pouco tempo, qualquer coisa que você falasse aparecia alguém dizendo “tem um programa no computador que faz isso”, depois veio o “tem um site que tem isso” e agora é “tem um aplicativo que faz isso”. O mundo se resume a ter alguma coisa dessas que resolva toda a nossa vida. Pois não há o que eu quero.
Queria que, na falta de uma lei – natural ou humana -, existisse um aplicativo que separasse automaticamente as pessoas com quem eu converso das com que eu faço sexo. Simples assim. Deveria haver pessoas com quem você conversa e pessoas com quem você faz sexo.
Sem que pudessemos misturar umas com as outras.
Há tantas – mas tantas – implicações quando se entremeiam as duas coisas que é melhor, eu diria muito melhor, que elas vivam em separado. Não desejo expor os vários exemplos, sei que a maioria de vocês – seres românticos por natureza ou necessidade, ou apaixonados inveterados que me lêem – não vai concordar comigo.
Eu quero poder conversar com uma pessoa sem que ela pense que eu faria sexo com ela. Eu quero poder fazer sexo com uma pessoa sem que ela espere que eu converse com ela – antes, durante ou depois. Há pessoas com as quais eu desejo fazer sexo, mas aí elas abrem a boca e… é broxante. Há pessoas com as quais eu só desejo ter excelentes conversas, mas aí elas querem sexo… e eu não. O sexo não é poesia e vive bem sem palavras.
Sim, sou adepta das palavras durante o sexo. Mas a conversa é outra coisa. Não, não acho que quem fala demais de sexo é porque faz de menos. Acho delicioso e saudável falar de sexo- tanto quanto fazer. Problema é quem só fala e não faz, é verdade. E tem problema quem só faz e não consegue falar sobre.
Não é essa a questão.
O sexo estraga a conversa e vice-versa. Eles vivem bem melhor em desunião. Não, você não vai concordar comigo. Sei que lhe passa pela cabeça o momento da conquista, da cantada (sim, porque ninguém mais seduz nem quer ser seduzido por ninguém – a que ponto chegamos), e como as pessoas muitas vezes a lábia leva ao sexo. Você é uma pessoa que ainda acredita nas coisas, que aceita essas estórias que contaram para que acreditassemos nas coisas. Você até se apaixona. Veja só. Contra isso nunca há argumentos. Não serei eu a discutir com um apaixonado.
Não vejo essa necessidade de separação. Pode ser ou não. Eu costumo ter tesão por mulheres que conseguem conversar comigo… Sou muito louco, e poucas me suportam… kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Talvez tenha sido o post mais mal compreendido do blog até agora! hahahahaha Não há essa necessidade, mas eu gostaria que houvesse! Sei que todo apaixonado ama conversar com o objeto do seu amor, nem considero esses. E ainda acho que loucura é algo mais raro do que supomos!
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hahaha sou do grupo que não concorda, mas achei engraçada a teoria! Só acho que quando vc diz: “(sim, porque ninguém mais seduz nem quer ser seduzido por ninguém – a que ponto chegamos)” vc entregou que no fundo vc queria alguém que te seduzisse! rs
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É mesmo? Que bom! Porque na verdade é o contrário! hahahahaha 😉
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Muito bom texto, bem escrito e pensado, 5 estrelas…Só que a paixão quando toca é terrível…Deus nos livre desse mal…;)
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Amém! 🙂
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