Sobre relacionamentos: o que aprendi com meu pai

Resolvi emendar as relfexões sobre relacionamento e fiz aquela auto-análise sobre o motivo de eu achar chato e tal. Devo dizer que aprendi muito com os que eu tive, aprendi errando feio. Aprendi sabendo o que eu queria – e, principalmente, sobre o que eu não queria.

 

Mas, acima de tudo, aprendi com meu pai. Foi ele que um dia, entre gargalhadas, depois de eu ter dado mais uma demonstração daquilo que chamam “personalidade forte” me disse que eu nunca encontraria um cara que me aguentasse. Sim, ele disse isso quando eu era bem nova. Não sei se foi praga ou só constatação.
Fato é que na época eu já havia encontrado uns que queriam me aguentar “para sempre”. Eu ignorei. Depois de um tempo eu fiz questão de apresentar para papi um ou outro. Hoje acho que essa minha demonstração foi só para provar para ele que existem, sim, caras dispostos a me aguentar para todo o sempre. E cheguei à conclusão que sou eu quem não os aguentaria. Digo que fiz questão porque eu evito ao máximo contato entre affairs (de qualquer tipo) e famílias. Não me perguntem porquê. Acho chato. Só isso.

 

Um dia meu pai e eu tivemos aquela conversa séria. Com ele aprendi as coisas fundamentais sobre relacionamentos:

 

1. tem sempre um que ama mais;

2. tem quem não vive sem sexo;

3. camisinha e qualquer outro tipo de contraceptivo pode falhar.

 

Eu incorporei tanto essas considerações que acabei achando que são realmente as fundamentais. Quando tive essa conversa franca com ele eu já era bem segura de mim, toda cheia de informações. Mas achei que ele esboçou de forma prática o básico. Qualquer sofrimento de amor pode ser explicado pelo 1. O 2 implica vários problemas e roubadas dos relacionamentos. E o 3 é aquela espetada na responsabilidade. Eu era segura de mim, do que fazia do meu corpo, e ele só quis deixar aquele aviso de que é preciso saber dos riscos. Fazer sexo é assumir o risco de pegar alguma doença ou engravidar. O primeiro me apavora, o segundo eu sempre dispensei. Por isso sempre fui cuidadosa com essas coisas. Deus é pai, minha gente, e eu nunca engravidei de ninguém. É um pouco meu posicionamento sobre o aborto. Faz sexo, esteja ciente dos riscos. “O meu prazer agora é risco de vida” já dizia lá meu amigo.

 

Pra quem não vive sem sexo… bem, não acho estranho. Acho complicado as proporções que isso toma em certas situações. Vou ficar neste plano abstrato mesmo, não pretendo me aprofundar.

 

E, bem, sempre tem um que ama mais. Podem ter certeza disso. Como eu dizia no último post, você precisa aceitar muita coisa no outro quando assume um relacionamento – sempre tem um que aceita mais coisas do que o outro. Não é justo, não é bom, causa um baita sofrimento, mas é verdade verdadeira.

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