Diante das horas
que a lua leva para nascer
e o tempo entre uma onda e outra
a partirem-se no costão
eu te espero
No leve embalar
do meu corpo adormecido na rede
e o grilo a despertar o silêncio
sob a brisa da noite de Verão
eu te espero
Na cozinha vazia
formo e fogão ligados
velas acesas ecoam nossas músicas
os domingos assim serão
eu te espero
Na cama em meio às cobertas
em noites sem estrelas
Na estrada de chão
arrasada pelas tempestades
Em travessias de ferryboat
nas rodoviárias e praças
eu te espero
E o tempo de dois dias
ou uma semana
passa
tão lento como não gostaríamos
e saiba:
eu te espero.
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