Nas ondas se desfaz
um devaneio
em crise e pêlo
de corpos cansados
A água amortece
o tempo da angústia
dura aqui eternidade
e um fim se alastra
como quem não quer
deixar de lutar
o sopro, a vida
Seria possível
fechar os olhos
imergir as preces
em sons de ondas
e dar passagem
ao esquecimento?
E assim escorre
cada pingo e nó
e água sem cheiro
nos dias de peso
e pressa e pés
Deixe um comentário