Enfim a espera se desfez
às oito e vinte daquele sábado
diante das águas paradas do rio
e outubro será sempre o mês
Em teu abraço estou
e paro o carro a mirar-nos
naquele banco
sob o céu nublado
Amar-te era certo
De outubro a outubro
percorro o tempo
e estradas e Estações
em busca do teu sorriso
Nos chegam boas novas nos costões
tardes preguiçosas no sofá
e emoções em bairros afastados
Entre idas e vindas
abraços e despedidas
amar-te me pertence
De companhia e companheiro
narramos nossos encontros
em verso prosa e risos
por todos os próximos outubros
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