Tem uma piada que fala dos japoneses. Um deles viaja e quando volta alguém pergunta: e aí, como foi a viagem? Ao que ele responde: não sei, ainda não vi as fotos. (ou “revelei”, lembrando das analógicas)
Isso me levou a pensar nas pessoas que hoje em dia viajam e passam um tempão postando fotos nas redes sociais da vida. Quando voltam, da experiência sublime que é ver o outro pouco sabem dizer.
E o que mais me choca é o anseio pelo “velho” mundo! Ó colonialismo que nunca nos abandonará! Dá-lhe Europa. As pessoas mais críticas, as mais estudadas, o povo das universidades… não podem deixar de fazer mestrados, doutorados e viagens de folga, onde? Europa, é claro. E a Europa mais óbvia, sim, Londres (parece que só existe isso na Inglaterra toda), Itália, França. Nem ao Leste Europeu chegam.
E são essas pessoas que aqui, ali no intelectualismo das nossas esquinas, pregam a valorização da cultura brasileira, dos nossos autores, do nosso povo, e blá blá blá. Babacas, isso sim.
Velha ignorância brasileira. Povinho medíocre. O que vem de fora é melhor, lá fora é sempre melhor que aqui. Não entendo porque continuam aqui. Além de vermos as fotos, já reparou o papinho chato desse povo quando volta? Ah, quinto mundo… Ah, educação…
Está aí a Copa que não nos deixa fugir. Os times europeus é que são os melhores. Quando Paraguai, Uruguai, Argentina ganham, aí é surpresa, zebra. Itália? Fiasco. França? Escândalos. Inglaterra? Ausente. Alemanha? Vergonha.
Mas, enquanto esse povinho aqui preferir ir aos EUA pra fazer cursinho de inglês e ser garçonete nas férias ou ir “pras oropa” tirar foto da Torre Eiffel ou do Big Ben, o país continua na velha e má colonização.
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