Peço que se calem
As vozes torpes e vis
Da pura e maldita realidade
Afastem de mim o pensar
E todos os seus dogmas
E preconceitos deixem
Que eu me desiluda
Perca-me no ir e vir
Da vida e do caos que
Se faz na minha
Cabeça e alma aflitas
Não me renderei a nada
Que não seja fruto
Da felicidade e orgulho
Que provam os insensatos
E inconseqüentes
Aqueles que estão três
Passos à frente dos sérios
E cinco atrás dos estúpidos
E por isso alcançam a
Outra realidade doce
E entorpecente dos
Dias e dias passados na
Ação da contemplação
Calem-se, vozes
Da tristeza
Penitente.
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