Pensando em, depois de tanto tempo, escrever…
Sei que deveria narrar longos posts sobre minhas últimas viagens, atualizar a lista de coisas que eu nunca havia feito e que 2012 exigiu de mim (afinal, como já dito aqui algumas vezes, o ineditismo bateu à porta), escrever um anúncio de jornal e tantas mais coisas.
O que me impede de escrever isso tudo? Nada. Não é a falta de tempo (para tudo há tempo nessa vida), nem nenhuma outra desculpa fácil. Não gosto de desculpas, já disse em algum outro momento.
Talvez me impeçam os pensamentos… ando tão ligada a eles. Esses dias ainda, em São Paulo, sozinha no quarto de hotel altas horas da noite lendo uma revista “feminina”, numa reportagem sobre morar sozinha avisavam para você não se tornar anti-social neste processo.
Eu me achava anti-social antes mesmo de morar sozinha (lá se vão muitos anos…). Será que piorei de vez isso? Será que nem para escrever para o blog, para quem me lê, me sinto sociável?
Será?
Ou as mudanças aqui por dentro, os pensamentos (ah! os meus pensamentos!), têm me mantido tão ocupada? Sei que escrevo aqui muitas coisas que penso, mas, no momento, não queiram saber quais são meus pensamentos. Não mesmo.
E, no fim, talvez eu continue a mesma de sempre.
Porque às vezes eu preciso pegar o caminho errado só para saber o que o certo tem de diferente. Ou eu tenho ouvido demais o coração? Talvez eu tenha esse péssimo costume de fazer o que sei que não devo para poder sentir o gostinho da transgressão. E não sei porque não tenho sofrido. A falta de sofrimento, a falta de preocupação com o que há de vir, as ausências, nada disso tem me surpreendido. Isso sim parece muito estranho.
Tenho deixado tudo a cargo do destino. E ele tem se saído muito bem, no tempo dele (que não parece igual ao meu), porém ainda não alcançou meu coração. Ando difícil até para ele.
Quem sabe…
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