Rio de Janeiro: breves considerações antes da despedida

Últimas horas no Rio de Janeiro. Breves considerações:

– a cidade é MUITO suja, infelizmente.

– a partir de umas 17h brotam da terra vendedores ambulantes de comida e impedem os pedestres de andarem nas calçadas, realmente muito ruim.

– as mulheres se vestem pessimamente mal, aliás, umas, se andassem peladas feririam menos os olhos alheios.

– é realmente muito no sense aqueles meiões por cima de legging.

– há um índice elevado de beleza masculina; porém, desconfie dos homens “atenciosos” por aqui, alguns são só isso mesmo, outros…

– o povo não sabe dar informação; e não é má vontade, é porque desconhecem mesmo.

– o metrô é uma piada.

– tem sempre muita gente e muito barulho pra todos os lados.

– tem MUITO ônibus nas ruas.

– Avenida Nossa Senhora de Copacabana: dúzias de Banco do Brasil, Lojas Americanas, lojas de coisas do Paraguay, Mc Donald´s.

– o trânsito me lembrou o de Ciudad del Este.

– a parte histórica é linda, mas a belle époque passou e ela se ressente de não ser mais a capital do país; enfim, parece decadente.

– ela é hostil com os pedestres.

– o Cristo fica mais bonito na TV.

– andar de trem da SuperVia me deu a sensação de estar em Auschwitz.

– as favelas, muitas delas, ficam realmente “escondidas” pelos prédios.

– acho muito estranha esta postura de voltar as costas uns para os outros; isso é latente.

– as pessoas andam olhando de soslaio para os lados.

– o carioca diz “hoje tá bem melhor!” e eu me perguntei o que seria o “muito pior”. :/

– carioca tem uma semelhança com o gaúcho: tudo deles é o melhor.

– os preços são elevados e a exploração aumentou com a vinda de Olimpíada e Copa; é um velho erro brasileiro, e você não vê nada à venda porque os preços estão nas alturas.

– por falar em Copa e Olimpíadas: a cidade não tem condições de recebê-las.

– as tais estátuas à beira-mar em Copacabana são bregas.

– assustadoras as ruelas e ruas que são fechadas a grade.

– a cidade fede. Simples assim. Há um cheiro forte de urina pela cidade toda (até de dentro dos ônibus e estabelecimentos dá pra sentir) e fezes humanas pelas calçadas. Nojento.

– a abordagem “não pode fotografar aqui, moça”. Como é? Não pode nem fotografar monumento em uma praça?!

– livrarias e sebos caríssimos (sim, eles têm preciosidades, mas incompráveis).

– o morro da Urca é mais baixo do que parece.

– o acesso a alguns pontos é bastante difícil, e mais difícil ainda é conseguir informações.

– a sensação de desorganização é grande: vide os trens na Central do Brasil.

– frases como “mas rico não gosta de pobre” e semelhantes, com um sotaque bem carioca, são facilmente ouvidas pelas ruas.

– as estações de trem e as passarelas das mesmas estão em condições péssimas; não parece nem ser possível reformar.

– a imagem de trem superlotado, sem portas, com pessoas penduradas, realmente existe.

– nunca conte com os trens da Central do Brasil; entrar e sair em uns três antes de seguir viagem é normal.

– muitos ambientes públicos (como estações de tem e metrô) têm música ambiente; fora um Leonardo aqui ou Paula Fernandes acolá, é algo bastante agradável e interessante.

– última moda: bolsa redonda Tommy Hilfinger falsificada (algumas já desbotadas).

– a proibição de manifestação religiosa nos trens é excelente; poderiam proibir venda de chocolates e jornais também.

– achei engraçado numa verdureira em plena 1º de março: “pinhão do sul”.

– nunca ouvi tantas DRs nas ruas em tão pouco tempo (“ah, amor, tu olhou fixo, virou o pescoço e quer dizer que não foi nada?” e segue).

– assustadores os avisos nos elevadores: 1. contra a prostituição infantil (que é crime e deve ser denunciado) e 2. uma lei de 2003 contra o racismo e discriminação de negar acesso para negros e deficientes.

 

Enfim, não parece uma cidade dividida em duas (zona Sul e Norte) até porque toda cidade tem sua zona “sul” e sua zona “norte. Parece uma cidade que não quer olhar para si. Isto, além de triste, justifica a guerra que existe.

2 comentários em “Rio de Janeiro: breves considerações antes da despedida

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  1. Eu admito, ODEIO o Rio.
    Tudo bem que a geografia da cidade é legal (montanhas e mar – lindo, lindo!), mas acho a cidade um horror!
    Suja, fedorenta… não consigo explicar mais, tu já descreveste tudo.
    Cada vez que algum estrangeiro me aparece com aquela “Brasil!! Sonho visitar o Rio!” me dá uma coisa.
    Tanto lugar mais bacana pra se visitar Brasil afora…

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    1. E eu que por um tempo sonhei muito com ela entrei em conflito. É impossível amá-la! Geografia por geografia a da Ilha é muito mais linda, né? E é bem nessa aí, até comentei aqui depois que voltei: o povo de fora visita o Rio e diz que conheceu o “Brasil”, aí a imagem tem que ser péssima mesmo! Triste.

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