O menino fugiu de casa. Mas ele era muito novo.
Com o tempo, perdeu muito da vida. Com a perda da vida, perdeu muito de si mesmo.
Aí, não havia como voltar atrás. Mas, mesmo assim, foi. E indo se fez o pouco que havia para ser feito.
Num dia, encontrou outra casa – que não eram seus pais nem ele mesmo. Foi muito feliz por muito tempo.
A felicidade não acabou, porém se escondeu, ou foi esquecida. Sentiu-se triste, preferiu se deixar sozinho.
Escolheu fugir de novo. Fugiu de sua casa. Não fugiu de si mesmo porque aí não havia do que fugir.
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