Onde torres são erigidas
Pedaços de terra são perdidos e conquistados
Onde há guerra ao lado
E as pessoas querem ser corajosas
Um gole de bondade
Uns petiscos de solidariedade
Nada vai e tudo volta
Em nome de que eu existo?
Cá estou, meu senhor, este é meu nome
Sobrenome, religião, princípios
Aqui, veja, tem até a hora que sinto fome
Agora pode, senhor, dizer quem eu sou?
Os arranha-céus e os igarapés
As bandeiras hasteadas
E o discurso de paz
Talvez se eu lhe disser, senhor
Qual o meu livro favorito?
Se prefiro anéis ou brincos?
Qual o meu signo?
Então me dirá se: culpado ou inocente
Onde doces as vinganças
Amargas as vitórias
Os heróis de terno não sabem seu destino
Senhor, por favor, uma nota de pé de página:
Não ato laços, eu crio casos.
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