Céu impaciente
me pede que espere
passa-se a estação
e me entrega
à prestação
os sonhos que tão belo céu
do calor me prometeu
hiberno nas idéias
de tão futuro brilhante
guardo o corpo das alegrias
e a alma das tristezas
Céu impaciente
se fecha em mau humor
não me dá nem noites de lua
e me provoca: lá vem chuva
passa-se a estação
que nada!
Tanto se demora
esconde o sol
meu relógio pára
assim acumulam-se
mais sonhos a cumprir
Céu impaciente
dou-te todo tempo do universo
que ainda quero aprender
sobre o amor
veja lá se há estação
mais própria ao amor
ou começamos as aulas já
te peço nada
te ofereço: meu cúmplice?
meu caro céu,
não sou de conquistar.
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