Riscos de giz na calçada
e a noite que trouxe consigo
as folhas em rodopio
de um limoeiro antigo
a valsa sem par inunda a sala
a recordar o marulho
de um dia que tanto amei
É o ar exausto que expiro
pelo futuro de tons doces
almejo-o como ao amor
como tê-lo ao lado
no mesmo fôlego
Tantos nãos, fiz coleção
desamores e decepção
dias sem riso
noites sem prazer
hoje olho tanto onde piso
dou limites ao que sinto
rastros deixou o furacão
É a alma a arrombar
os grilhões enfurecidos
à porta, as surpresas
um soluço em “sim”
e doses de confiança
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