(à Mogli)
Restou
o vento entrando pela janela aberta
sobre fotos que nunca tiramos
e meu choro contido
de desacreditar no que lia
Restou
meu sorriso
do que passamos juntas
dos segredos que te confidenciei
e das discussões acaloradas
Restou
a culpa a voz silenciada
o som da tua gargalhada
o teu “não, só escuta”
e eu te ouvia – quieta
Restou
ser tua amiga
você minha única
sempre só fui boa com palavras
elas sopram teu destino
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