Afago o olhar
de tua infinita bondade
sobre nossas almas
Resplandece o mar
em desabitar
meus pensamentos
Encharcam-se teus pés
de dúvidas e lamentos
após a dolorosa oração
Ao fim do dia
pronuncias em ladainha
a correr-te os dedos
pelo terço
A noite sequestra
parcas esperanças
doces alegrias
e tantas confianças
Brilha o céu sob cerração
corto caminho
a tatear lembranças
Gorjeiam o dia
atiçando volúpias
amarradas em minhas mãos
Lava-te os temores
na chuva intensa
de um fim de semana
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